Desde o seu lançamento em 2015, Metal Gear Solid V: The Phantom Pain tem sido um assunto de debate entre os fãs da franquia e os jogadores que adoram jogos de ação e aventura. A história de Big Boss, que luta para se reconstruir após um coma de 9 anos e construir uma nova nação, foi aclamada pela sua jogabilidade emocionante, personagens complexos e uma trama envolvente.

No entanto, muitos jogadores ficaram desapontados com o final do jogo, particularmente sobre a Missão 46, que supostamente revela a verdade sobre o Homem que Vendeu o Mundo. Nesta missão, o jogador descobre que o personagem que eles controlaram ao longo do jogo não é na verdade Big Boss, mas um clone conhecido como Venom Snake. O personagem original, supostamente morto nos eventos do jogo Metal Gear Solid: Ground Zeroes, manipula a situação e deixa Venom Snake assumir seu lugar enquanto ele segue em frente com seus planos.

A verdade por trás dessa revelação é algo que muitos fãs ainda discutem até hoje e a falta de um desfecho satisfatório para a história do jogo deixou muitos jogadores desapontados. O que muitos não sabem é que a Missão 46 foi originalmente planejada para ser o final da história principal, mas problemas de produção levaram a um final incompleto e abrupto.

De acordo com os desenvolvedores do jogo, a Missão 46 foi cortada do lançamento original do jogo devido a restrições de orçamento e um cronograma apertado. O diretor do jogo, Hideo Kojima, afirmou que o final original teria sido muito mais elaborado e satisfatório, mas que ele simplesmente não teve tempo ou dinheiro suficiente para implementar todas as ideias que tinha em mente.

O acidente que levou a essas restrições orçamentárias foi o rompimento da relação entre Kojima e a Konami, a empresa que produziu e publicou Metal Gear Solid V. Em 2015, a Konami começou a reestruturar sua empresa e a se afastar do desenvolvimento de jogos, o que levou a uma série de conflitos com Kojima e sua equipe de desenvolvimento.

A tensão entre as duas partes chegou a um ponto crítico quando Kojima deixou a Konami em outubro de 2015, pouco antes do lançamento do jogo. Embora a Konami tenha negado que houvesse qualquer conflito entre as duas partes, a ausência do nome de Kojima nas campanhas de marketing e a falta de crédito criativo gerou muita especulação entre os fãs.

Desde então, a Konami lançou uma série de declarações dizendo que não estava satisfeita com os atrasos e o orçamento da produção de Metal Gear Solid V e que a relação entre as duas partes havia se deteriorado. Embora a Konami tenha continuado a produzir novos jogos, muitos fãs de Metal Gear Solid se sentiram abandonados pelos desenvolvedores e pela empresa.

Em retrospectiva, é claro que a relação entre Kojima e a Konami teve um grande impacto no resultado final de Metal Gear Solid V. Embora o jogo tenha recebido críticas geralmente positivas e tenha vendido bem, a falta de um final satisfatório para a trama deixou muitos jogadores desapontados e criou uma sensação de incompletude.

Embora a verdadeira história por trás do Homem que Vendeu o Mundo possa nunca ser totalmente desvendada, a Missão 46 permanece como um exemplo da luta entre a criatividade e a produção no mundo dos jogos de vídeo. Para os fãs de Metal Gear Solid, a busca pela verdadeira história pode continuar por muito tempo.

Em conclusão, a Missão 46 de Metal Gear Solid V e a verdade por trás do Homem que Vendeu o Mundo continuam a intrigar e fascinar os jogadores, mesmo anos após o lançamento do jogo. O acidente que levou a um final inacabado para a história é um lembrete dos desafios e tensões que os desenvolvedores enfrentam ao criar jogos de vídeo complexos e envolventes.